Se há uma atividade, dentro do sistema de segurança pública no Brasil, que eu considero completamente fora de contexto em nossa sociedade (sem questionar a legalidade de sua existência), são os denominados "Serviço de Inteligência", ou, na estrutura militarista de nossas polícias militares, as místicas 2ª Seções.
Germinadas à partir dos órgãos de repressão do período ditatorial brasileiro, por muito tempo foram utilizadas para favorecimento de pessoas influentes ou com interesses políticos.
Atualmente, dedicam-se ao acompanhamento de movimentos sociais, à investigação em relação a atuação de criminosos ou os desvios de conduta profissional de nossos policiais. Mas, mesmo negando, continuam defendendo interesses políticos.
É louvável quando colaboram para a prisão de bandidos e para descoberta de ações criminosas de integrantes dos órgãos de segurança pública de nosso Estado, suprindo uma carência encontrada na Polícia Civil, visto ser esta a legítima responsável por tais investigações.
Entretanto, suas atuações estão integralmente legalizadas? Será que todas as pessoas que estão sendo monitoradas ("grampeadas") pelo sistema guardião, sob a responsabilidade da Coordenadoria de Inteligência da SSPDS, são alvos de investigação autorizadas pela justiça?
Quando eu for Comandante Geral apresentarei projeto propondo a extinção da 2ª Seção, a transferência da COIN para a Corregedoria, realizando atividades exclusivas de controle interno, além da extinção da atividade de inteligência da Casa Militar, pois, no Estado Democrático de Direito em que vivemos, onde os sindicatos e movimentos sociais são legalizados, não há mais motivos para a atuação de agentes infiltrados.
Um comentário:
major o senhor vai enfrentar uma batalha árdua!!
Mas, como todo guerreiro gosta de uma batalha difícil!!!
apoiado!!
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