BOAS-VINDAS

É uma grande alegria receber a sua visita. Tenho o real desejo de tornar este blog um espaço onde possamos discutir, de forma aberta e sincera, assuntos de interesse profissional para todos aqueles que participam da guerra diária contra a criminalidade e a violência.
As opiniões e comentários serão de essencial importância para o sucesso deste espaço de discussões.

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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

OPERAÇÕES QUÍMICAS


Finalmente temos entre os oficiais de nossa PMCE um especialista em operações químicas.

O Capitão Naerton Gomes de Menezes concluiu recentemente o Curso de Operações Químicas, no BOPE do Distrito Federal. Este curso é considerado o mais caro do Brasil.

Superou bravamente as incontáveis horas de apnéia na piscina, corridões com máscara de gás e, não poderia faltar, muito gás lacrimogênio e spray de pimenta.

POLICIAMENTO COMUNITÁRIO

Muito se tem debatido sobre a "solução" para a problemática da segurança pública, tendo sido apontado, na maioria das vezes, o policiamento comunitário como "fórmula mágica". Sempre tive minhas dúvidas em relação à estas argumentações.
Li recentemente um texto intitulado: Policiamento Comunitário e Estrutura da Organização Policial, que veio colaborar com a opinião que tenho sobre o tema, onde gostaria de compartilhar com os leitores.
O texto em análise, de autoria de Stephen D. Mastrofski, é parte integrante do livro: Como Reconhecer um Bom Policiamento, organizado por Jean Paul Brodeur. Nele, encontramos uma descrição da tentativa/processo de implantação da doutrina de policiamento comunitário na América do Norte, esclarecendo sobre as argumentações de seus defensores em prol da necessidade de transformações na estrutura e modelo vigente, descrevendo as quatro características estruturais na reforma do policiamento comunitário, buscando explicar e entender o aparecimento dessas mudanças e as consequências das mesmas com base em dois modelos de organização: técnico e institucional.
De acordo com o autor, a idéia de policiamento comunitário surgiu com a promessa de trazer para as forças policiais democráticas modernas, uma grande mudança nos paradigmas da atividade policial, visando fazer frente ao aumento dos níveis de criminalidade e violência.
Concordo com a crítica do autor ao escrever: "sua orientação [policiamento comunitário] é, em grande parte, determinada pelos diferentes modismos políticos, governamentais e empresariais". Esta falta de uma orientação única, com tendências influenciadas por estes modismos, tem dificultado, por parte dos estudiosos no assunto, o estabelecimento de uma definição única de policiamento comunitário.
No texto em foco, são apontadas quatro características essenciais para a reforma imposta pelo policiamento comunitário: desburocratização, profissionalização, democratização e a integração do serviço.
Compartilho das conclusões do autor em afirmar: "a maior parte das reformas estruturais do policiamento comunitário não apresentam grandes probabilidades de implementação bem sucedida em um futuro previsível. Mesmo que as transformações estruturais de fato ocorram, as reformas do policiamento comuitário provavelmente não produzirão os resultados desejáveis se não houver algumas mudanças fundamentais tanto na tecnologia quanto no âmbito das organizações policiais".