É público e notório que o Brasil, além de ser o país da impunidade, é também o país da carência de atitudes e procedimentos éticos, independente de classe social, nível cultural ou categoria profissional. Neste último caso, a não observância dos preceitos éticos por profissionais de categorias que podem influenciar de forma marcante a vida das pessoas, como por exemplo policiais, magistrados, políticos e jornalistas, é muito perigoso e deve ser abominado por todos.
No caso dos jornalistas, principalmente por serem capazes de influenciar de uma só feita uma grande quantidade de pessoas, podendo até mesmo formarem uma opinião pública massiva, a falta de ética deve ser uma atitude completamente detestada e execrada. Um fato errôneo ou até mesmo mentiroso sobre uma pessoa pode, irreversivelmente, por fim à vida profissional, familiar, social e/ou física deste desafortunado.
Meu Deus! O que leva um jornalista a não se aprofundar em busca da verdade de sua notícia; a conduzir um fato para o lado pessoal, por interesse próprio ou de um grupo qualquer; a formular uma opinião pessoal carregada de preconceitos e sentimentos de fúria; a atribuir a alguém a responsabilidade por fatos e atos que não condizem em inteiro teor com a realidade; a destruirem a vida das pessoas, por pura irresponsabilidade?
Por qual motivo não seguem exemplos como os de Edilmar Norões e Adísia Sá?
Há poucos dias um amigo Capitão, pertencente ao BPCHOQUE, envolveu-se em um acidente de trânsito onde foi vítima. É claro que teve um bate-boca entre ele e o motorista do outro veículo (qual acidente de trânsito em que não há acirramento dos ânimos?), mas não ocorreu qualquer tipo de agressão ou violência. Disseram que ele ameaçou puxar uma arma, mas como se estava desarmado. Estão publicando notas pondo em dúvida a honestidade deste profissional, pelo fato de seu carro ser um BMW.
Mas, se estes jornalistas fossem éticos, já teriam verificado que o tal BMW do Capitão tem seu ano de fabricação em 1982, ou seja, se ele for vender e tiver muita sorte, poderá achar alguém que pague uns R$ 20.000,00, portanto muito abaixo do preço de um carro popular. Se fossem éticos, teriam verificado que este Capitão não estava armado, pois está afastado de suas atividades por depressão e síndrome do pânico (sua arma foi recolhida), ocasionada por anos de trabalho estressante e de risco que, infelizmente, não tem reconhecimento nenhum.
Este Capitão que vinha melhorando em seu quadro de saúde (já conseguindo sair de casa e convivendo normalmente com as pessoas), pelo simples fato de ter tido o seu carro batido por um motorista de caminhão irresponsável, como também por não ter aceitado ser filmado e fotografado pelos repórteres, agora é um grande vilão perante estes profissionais, sendo vítima de notinhas maliciosas nos jornais de nossa cidade nestes últimos dias.
Qualquer um de nós pode ser vítima, até mesmo eu, se este artigo chegar às mãos de algum destes jornalistas, mas mesmo assim não devemos curvar a cabeça, deixar a ética desaparecer por completo de nossa sociedade...a injustiça não pode prosperar!
ABAIXO O PRECONCEITO CONTRA OS POLICIAIS!