Há algum tempo venho observando que a aquisição de armamentos, munições e equipamentos, por parte das instituições policiais estaduais, através de seus respectivos certames licitatórios, na grande maioria das ocasiões (pelo menos aqui no Ceará) não tem atendido de forma satisfatória às necessidades técnicas e operacionais das corporações.
Por ocasião dessas aquisições, com base em brechas e pontos obscuros das características técnicas especificadas nos editais, os objetos que são entregues distanciam-se muito daqueles originalmente demandados, tudo isso pelo simples fato de não haver uma preocupação em designar profissionais tecnicamente qualificados para realizarem um acompanhamento mais direto dos processos licitatórios, principalmente no que se refere à elaboração do edital e à análise e devida aprovação das amostras apresentadas.
Cito alguns exemplos:
- Aquisições de coletes balísticos em níveis de proteção não adequados aos tipos de atividades operacionais aos quais vão ser submetidos.
- A velha insistência na aquisição de tonfas em detrimento de equipamentos mais práticos e modernos, tais como os bastões retráteis (mais leves, práticos e menos agressivos visualmente).
- A compra de armas na forma standard, quando há disponível no mercado diversos acessórios complementares específicos para melhorarem seus desempenhos.
Com a aproximação da realização da Copa do Mundo de Futebol em 2014, haverá um grande investimento na aquisição de armas e equipamentos para a modernização dos arsenais policiais (principalmente equipamentos de baixa letalidade), portanto fica a sugestão para que as autoridades responsáveis indiquem policiais especialistas nestes produtos para o acompanhamento de todo o processo de aquisição, se não quiserem ter dissabores irrevogáveis. Os mais indicados são os instrutores de tiro policial com larga experiência operacional.