BOAS-VINDAS

É uma grande alegria receber a sua visita. Tenho o real desejo de tornar este blog um espaço onde possamos discutir, de forma aberta e sincera, assuntos de interesse profissional para todos aqueles que participam da guerra diária contra a criminalidade e a violência.
As opiniões e comentários serão de essencial importância para o sucesso deste espaço de discussões.

OS ARTIGOS PUBLICADOS PODEM SER COPIADOS, DESDE QUE CITADA A FONTE

segunda-feira, 2 de março de 2009

BICO DOS PPMM DO RIO DE JANEIRO

Durante o Carnaval, houve um grande debate no Rio de Janeiro, veiculado abusivamente pela mídia, denunciando que aproximadamente 600 policiais militares haviam realizado serviço de segurança particular (bico) para a Liga das Escolas de Samba (Liesa), durante os desfiles na Sapucaí.
Sou radicalmente contra a realização dos "bicos" por parte dos nossos policiais militares, principalmente sob a alegativa de baixos salários, pois, enquanto alguns, abdicando irresponsavelmente de suas responsabilidades profissionais, exercem atividades de segurança particular percebendo gratificações superiores aos salários da maioria da tropa, outros, menos afortunados, são sobrecarregados pelo trabalho abdicado pelos mais espertos e têm que se conformarem com as dívidas e preocupações oriundas das baixas remunerações, enquanto as soluções mais imediatas seriam outras...
Mas deixando os aprofundamentos sobre as questões do "bico" para depois, voltemos ao episódio do Rio de Janeiro, pois achei interessante um artigo do Cel. RR Jorge da Silva, ex-secretário estadual de direitos humanos, publicado no Blog do Jornalista Jorge Antônio Barros, do Jornal O Globo, que transcrevo a seguir:
"Pode ser que o meu posicionamento não passe de mero corporativismo. Pergunto: o que se condena é o “bico” em si ou o “bico a serviço da Liesa”? Como se sabe, o chamado bico, embora proibido, vem sendo praticado em larguíssima escala há décadas, com o conhecimento das autoridades, muitas das quais, ou fazem vista grossa ou fingem que são contra. O consenso não assumido é que o “bico”, se executado na folga, pode ser tolerado. Além disso, centenas de pessoas, de diferentes setores da sociedade (empresários, personalidades, artistas, políticos etc.), ao mesmo tempo em que se colocam contra qualquer tentativa de regulamentar essa atividade, buscam “contratar”, de maneira informal e nem sempre às claras, os serviços dos candidatos ao “bico”. Mas sem assumir responsabilidades... Se, no entanto, o que se condena é o “bico a serviço da Liesa”, estamos diante de uma ambigüidade maior ainda. Vale refrescarmos a memória. A Liesa foi fundada em julho de 1984, alguns meses depois da inauguração do Sambódromo. Já no desfile do ano seguinte, passou, em parceria com a Prefeitura, a organizar os desfiles, que hoje são referidos com orgulho pelos cariocas como o “maior espetáculo da Terra”. Um de seus fundadores e primeiro presidente foi Castor de Andrade. Não nos esqueçamos também de que a apuração do desfile era realizada no Batalhão de Choque da PM, sendo que numa dessas apurações Castor de Andrade passou mal e foi gentilmente acudido por um policial-militar.
Durante esses 25 anos, a passarela viu circularem autoridades de todos os níveis, além de cidadãos de todas as camadas sociais, indiferentes à presença de pessoas ligadas ao jogo, aparentemente confirmando os achados de Roberto da Matta em seu Carnavais, malandros e heróis, ou seja, que no Carnaval as regras e as hierarquias do cotidiano são momentaneamente suspensas em favor da inversão de papéis e posições; da igualdade e da diversão. Em 1994, o então presidente da República foi convidado da Liesa para assistir ao desfile no camarote da entidade. Anos antes, integrantes da entidade foram recebidos em Palácio pelo então governador do Estado. Ora, afinal de contas, o que é a Liesa? É ilegal? É ilegítima? Se é ilegal e / ou ilegítima, por que existe e recebe patrocínio do governo? Por que organiza o Carnaval há tantos anos, sem problemas? Por que não inibe a presença de autoridades e personalidades, mesmo do presidente da República? Claro que os desvios devem ser apurados e os responsáveis punidos, mas sem a execração da Corporação. Ou será que, no fundo, estamos vendo repetir-se o que aconteceu num outro episódio de 1994, quando, na lista encontrada na fortaleza de Castor de Andrade, havia um grande número de personalidades de diversos setores da sociedade, mas só os policiais-militares e a PM, depois do impacto do primeiro momento, permaneceram na berlinda! Bodes de uma sociedade que conhece bem as suas mazelas e sabe expiá-las com maestria. Até para isso a PM serve! Que sociedade é essa? Que moralidade é essa? "
Jorge da Silva

domingo, 1 de março de 2009

NOTÍCIA DA PM DE ALAGOAS

27/02/2009 - Negociações avançam entre representantes militares e governo

Nesta sexta-feira (27), mais uma rodada de negociações entre representantes do Movimento das Entidades de Classe da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros de Alagoas, secretarias de Gestão Pública (Segesp), Defesa Social (SDS); Comando Geral da PM e Bombeiros, foi realizada com o objetivo de discutir sobre a correção salarial da corporação. Durante a sessão ficou acertado que a equipe técnica do Movimento das Entidades Militares irá apresentar até amanhã ao secretário de Estado da Gestão Pública, Guilherme Lima, os cálculos percentuais referentes à arrecadação do Estado de Alagoas, para posteriormente ser feita uma análise do impacto da folha do Estado. De acordo com o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), Major PM Wellington Fragoso, uma reunião já foi marcada para a próxima semana, onde os representantes da classe discutirão a condição do governo referente a estes cálculos. “Esperamos que na próxima semana já seja apresentada esta proposta; e que o governo traga uma solução convincente para o entendimento da questão. Confiamos que na assembleia do dia 6 de março teremos uma resposta positiva para os militares. Caso contrário, sairemos em marcha até o Palácio do Governo defendendo o aquartelamento”, finalizou.

PEC 300

Para quem quiser acompanhar a tramitação da PEC 300/2008, proposta que estabelece que a remuneração dos Policiais Militares dos Estados não poderá ser inferior à da Polícia Militar do Distrito Federal, aplicando-se também aos integrantes do Corpo de Bombeiros Militar e aos inativos, é só clicar no link abaixo:

ISONOMIA SALARIAL

Para os companheiros que ainda não têm conhecimento, tramita no Senado Federal a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 92, protocolada no dia 07/11/2007, que visa conceder, constitucionalmente, a isonomia de vencimentos entre os Oficiais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, Delegados de Polícia e membros do Ministério Público.
A PEC nº 92/2007, diz o seguinte:
.
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 92, DE 2007

Acrescenta artigo às Disposições Constitucionais Gerais, dispondo sobre a isonomia de vencimentos entre as categorias que menciona.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3° do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda Constitucional:
Art. 1° É acrescido o art. 251 às Disposições Gerais da Constituição Federal, com a seguinte redação:
Art. 251. A lei estadual assegurará isonomia de vencimentos entre o delegado da Polícia Civil, oficial das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados e do Distrito Federal e o membro do Ministério Público estadual, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.
Art. 2° Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
.
Quem quiser acompanhar a tramitação da PEC, é só clicar no link: