BOAS-VINDAS

É uma grande alegria receber a sua visita. Tenho o real desejo de tornar este blog um espaço onde possamos discutir, de forma aberta e sincera, assuntos de interesse profissional para todos aqueles que participam da guerra diária contra a criminalidade e a violência.
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terça-feira, 30 de novembro de 2010

SNIPERS FAMOSOS

Já que falei, em artigo anterior, sobre sniper militar, perguntaram-me sobre qual teria sido o sniper mais famoso na história mundial.

Três nomes são dignos de registro, cada um deles com seus méritos próprios e contribuições patrióticas, durante as guerras em que participaram, que os tornaram hérois nacionais.

SIMO HAYHA (1905 - 2002)

Soldado finlandês considerado o mais eficiente sniper da história, com o registro de mais de 500 mortes confirmadas em um período de apenas 100 dias.

Atuou defendendo o seu país natal quando foi invadido pela União Soviética em 1939 (Guerra Soviético-Finlandesa), apenas três meses após o início da II Grande Guerra.


Tendo acontecido em um período de rigoroso inverno, as batalhas ocorriam em temperaturas que iam dos -20ºc aos -40ºc. Agindo em um ambiente completamente coberto de neve, usava uma camuflagem inteiramente branca, o que lhe rendeu o apelido de "Morte Branca". Usando um fuzil soviético Mosin-Nagant optou por não utilizar miras telescópicas (podia manter a cabeça mais baixa e não haveria o risco de reflexo da lente), isto obrigava-o a diminuir a distância normal de tiro de precisão em relação ao alvo, mas levava vantagem por ser um mestre na arte da camuflagem.


A ele também são atribuidas as mortes de mais de 200 soldados soviéticos, utilizando uma metralhadora Suomi M-31 SMG, o que eleva a sua marca para mais de 700 mortes.

Em 6 de março de 1940 foi atingido por um tiro no rosto, encerrando a sua participação nas batalhas. Recebeu uma inédita promoção (passando de Cabo diretamente para Tenente) e foi alçado à condição de héroi nacional.


VASSILI ZAITSEV (1915 - 1991)

Soldado russo que se notabilizou como um dos melhores atiradores de elite da história mundial, principalmente por sua atuação durante a batalha de Stalingrado, na II Grande Guerra, por ter matado 242 inimigos alemães.

Vassili era um pastor de ovelhas siberiano, nascido na região dos Montes Urais, que desde criança havia sido treinado pelo seu avô para atirar em lobos selvagens que ameaçavam os rebanhos.

Desde a sua primeira participação em batalha, Vassili logo passou a ser considerado um exemplo a ser seguido por outros soldados, servindo para elevar o orgulho do povo soviético.



Utilizando um fuzil Mosin-Nagant modelo M91 com mira telescópica, em calibre 7,62 mm x 54 mm, que perfurava facilmente os capacetes dos militares alemães, chegou ao final da guerra com um registro de 468 mortes.

Uma de suas lendárias proezas foi, no período de apenas dez dias, ter eliminado cerca de 40 oficiais alemães de alta patente.


Tendo virado uma lenda viva rapidamente os alemães buscaram um meio para eliminar Vassili, para esta missão foi designado o Major Heintz Thorvald, também conhecido como Major Konig (originário da Bavária, era um rico fazendeiro caçador de veados). O longo duelo que se travou entre Vassili e Konig foi um dos episódios épicos da Batalha de Stalingrado, tendo sido retratado no filme Círculo de Fogo (2001). Vassili levou vantagem, tendo pego o fuzil K-98 do Major Konig, abatido com um tiro na cabeça, como troféu do duelo.


Vassili ainda viria a ser instrutor e comandante do grupo de snipers.

Em janeiro de 1943 foi gravemente ferido por um disparo de morteiro, que prejudicou a sua visão. A pedido seu veio a atuar no front de batalha como soldado comum, demonstrando clara determinação e heroísmo de um soldado exemplar.


LYUDMILA PAVLICHENKO (1916 - 1974)

Nascida na Ucrânia, iniciou-se como atiradora aos 14 anos de idade, quando, ao ir morar em Kiev, começou a frequentar um clube de tiro.


Aos 24 anos (1941), quando cursava História na Universidade de Kiev, alistou-se como voluntária para participar da infantaria do Exército Soviético por ocasião da invasão nazista. Ela foi uma das 2000 mulheres que atuaram como snipers no exército vermelho, das quais somente umas 500 sobreviveriam à guerra.


Usando um fuzil Mosin-Nagant com mira telescópica, registrou a morte de 309 militares alemães, incluindo 36 snipers e pelo menos 100 oficiais.


Em 1942 foi afastada dos campos de batalha por ter sido ferida por um morteiro (era praxe disparar uma carga de morteiros em lugares suspeitos de haverem atiradores). Promovida ao posto de Major, Lyudmila foi a primeira cidadã soviética a ser recebida pelo Presidente dos EUA.

Passou o restante da guerra como instrutora de snipers.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

OS VERDADEIROS HÉROIS


Nestes últimos dias temos acompanhado imagens e notícias relacionadas à guerra urbana desencadeada pelo poder público contra os traficantes do Rio de Janeiro. Tudo com o apoio, aprovação e incentivo da população fluminense.

O mundo todo tem acompanhado estarrecido a movimentação incessante dos efetivos policiais e das tropas militares, além da fuga desesperada e atabalhoada de dezenas de traficantes armados pelas vielas e trilhas que separam as favelas.


É interessante como não estamos ouvindo os velhos discursos das entidades de direitos humanos, ou pelo menos a mídia não tem dado vez, apesar das várias mortes de bandidos. A esta altura das coisas, quem for defender bandido, se for político vai perder votos, se não for político vai ser tachado de louco.

Um grande exemplo que pudemos tirar disto tudo é que bandido só entende a linguagem da força, não adianta achar que se vai acabar com a criminalidade colocando meia dúzia de adolescentes para ficar tocando tambores ou batendo em latas e dançando hip-hop, a ilusão do dinheiro fácil e a sensação de poder pelo fato de portar uma arma é um grande atrativo para boa parte dos jovens esquecidos pelo Estado. Diminuindo a expectativa de vida dos bandidos, trancando-os em prisões de segurança e fazendo com que a polícia seja temida, é o remédio imediato que vai fazer com que qualquer jovem pense cem vezes antes de querer entrar no mundo do crime. É também fácil observar que o "despertar" da sociedade ocorreu logo após milhões de brasileiros terem assistido o filme Tropa de Elite 2. Portanto, em minha opinião, o maior mérito de toda esta ação das autoridades e da sociedade vai para José Padilha, Luiz Eduardo Soares, Rodrigo Pimentel, Cláudio Ferraz e André Batista, por terem tido a coragem de exporem as feridas sociais.