Há algum tempo tive a grata satisfação de receber um telefonema do Dr. Roberto Monteiro, Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, parabenizando-me pelo meu livro (Tiro Policial e Armas de Fogo) que lhe tinha chegado às mãos. Por esta rápida conversa, pelas informações que eu já tinha e pelas referências sobre ele que o Dr. Geraldo Bertolo, futuro Diretor da Academia Estadual de Segurança Pública, havia me repassado, tenho-o na conta de um homem sério, responsável e ético.
Por saber que já foi levado ao conhecimento do Secretário Roberto Monteiro a existência deste blog, rogando para que os bajuladores de plantão também levem este artigo, aproveito para realizar algumas considerações que imputo de essencial importância para o cenário da segurança pública de nosso Estado:
1º - ESCALAS DE SERVIÇO - Sei que é uma determinação que vem de escalões que lhe são superiores, entretanto acredito que tenha a sensibilidade para observar que o que é bom (ou forçado) para os empregados de um empresário não pode ser aplicado para policiais militares, tanto pelo tipo de atividade que desempenham, pela necessidade de estarem sempre em condições de tratar com o público, como pelos riscos diários e situações de extremo estresse aos quais os policiais são submetidos (a profissão de policial é considerada uma das mais arriscadas do mundo). Não somos limpadores de piscinas, manobristas de estacionamentos ou jardineiros. Lidamos com vidas humanas, onde não há espaço para erros. Quando erramos, não é uma piscina que vai ficar suja ou um carro arranhado, mas uma família que ficará sem um ente querido.
Sugestão: Em um de seus deslocamentos para um compromisso, dentro de sua tumultuada agenda, aborde por alguns minutos uma viatura da PM e converse sinceramente com os policiais, ou visite inesperadamente um quartel qualquer e faça perguntas ao primeiro soldado que encontrar, verás que a realidade não é exatamente aquela que lhe chega ao conhecimento.
2º - BAIXA AUTOESTIMA - A grande maioria dos policiais militares está passando por uma arriscada crise de baixa autoestima, por motivos variados, sendo um deles a falta de reconhecimento profissional aos PPMM que realmente estão desempenhando a atividade fim da Polícia Militar. Aqueles que estão na luta diária contra a criminalidade são menos vistos do que aqueles companheiros que estão desempenhando atividades administrativas, principalmente os que estão próximos aos comandantes, com cargos na Secretaria de Segurança e os com funções nas CPGs.
Há muitos policiais capacitados trabalhando nas ruas, gente com condições operacionais e intelectuais muito elevadas. Há policiais com mestrado e com cursos realizados nas mais importantes instituições de ensino superior. Mas, infelizmente, são aqueles que tem seus projetos engavetados, por pura inveja por parte daqueles que ocupam cargos gratificados, ou simplesmente com medo de perderem estas gratificações. Senhor Secretário, se lhe caíssem às mãos os projetos que muitos policiais podem desenvolver, chegaria facilmente à conclusão de que uma parte daqueles que lhe assessoram são terrivelmente incompetentes(excluindo-se nomes como: Pediram para omitir os nomes Brasil, Brito, Plauto e Alysson...e alguns outros).
O atraso em se realizar as promessas feitas (Fardamento, ajustamento das leis, LOB, subsídio, etc.) e o distanciamento dos comandantes ao restante da tropa, deixando-nos à mercê dos boatos e "bizús", também é fator negativo.
Sugestão: O Secretário de Segurança ouvir representantes dos diversos postos e graduações, sem pressões ou ameças, organizando, entre estes, grupos de trabalhos que possam apresentar projetos viáveis para a melhoria das condições de trabalho dos PPMM, de resgate da autoestima e de melhoria no enfrentamento à criminalidade.
Uma maior proximidade do comando à sua tropa.
3 - QUESTÃO SALARIAL - Principalmente o achatamento que vem ocorrendo em relação aos salários dos oficiais, comparando-se com os dos praças. Não que estes estejam com salários satisfatórios, mas pela aberração existente onde praças estão com vencimentos maiores do que alguns oficiais, gerando sérios problemas de disciplina e de desmotivação profissional.
Sugestão: Subsídio.
Por saber que já foi levado ao conhecimento do Secretário Roberto Monteiro a existência deste blog, rogando para que os bajuladores de plantão também levem este artigo, aproveito para realizar algumas considerações que imputo de essencial importância para o cenário da segurança pública de nosso Estado:
1º - ESCALAS DE SERVIÇO - Sei que é uma determinação que vem de escalões que lhe são superiores, entretanto acredito que tenha a sensibilidade para observar que o que é bom (ou forçado) para os empregados de um empresário não pode ser aplicado para policiais militares, tanto pelo tipo de atividade que desempenham, pela necessidade de estarem sempre em condições de tratar com o público, como pelos riscos diários e situações de extremo estresse aos quais os policiais são submetidos (a profissão de policial é considerada uma das mais arriscadas do mundo). Não somos limpadores de piscinas, manobristas de estacionamentos ou jardineiros. Lidamos com vidas humanas, onde não há espaço para erros. Quando erramos, não é uma piscina que vai ficar suja ou um carro arranhado, mas uma família que ficará sem um ente querido.
Sugestão: Em um de seus deslocamentos para um compromisso, dentro de sua tumultuada agenda, aborde por alguns minutos uma viatura da PM e converse sinceramente com os policiais, ou visite inesperadamente um quartel qualquer e faça perguntas ao primeiro soldado que encontrar, verás que a realidade não é exatamente aquela que lhe chega ao conhecimento.
2º - BAIXA AUTOESTIMA - A grande maioria dos policiais militares está passando por uma arriscada crise de baixa autoestima, por motivos variados, sendo um deles a falta de reconhecimento profissional aos PPMM que realmente estão desempenhando a atividade fim da Polícia Militar. Aqueles que estão na luta diária contra a criminalidade são menos vistos do que aqueles companheiros que estão desempenhando atividades administrativas, principalmente os que estão próximos aos comandantes, com cargos na Secretaria de Segurança e os com funções nas CPGs.
Há muitos policiais capacitados trabalhando nas ruas, gente com condições operacionais e intelectuais muito elevadas. Há policiais com mestrado e com cursos realizados nas mais importantes instituições de ensino superior. Mas, infelizmente, são aqueles que tem seus projetos engavetados, por pura inveja por parte daqueles que ocupam cargos gratificados, ou simplesmente com medo de perderem estas gratificações. Senhor Secretário, se lhe caíssem às mãos os projetos que muitos policiais podem desenvolver, chegaria facilmente à conclusão de que uma parte daqueles que lhe assessoram são terrivelmente incompetentes(excluindo-se nomes como: Pediram para omitir os nomes Brasil, Brito, Plauto e Alysson...e alguns outros).
O atraso em se realizar as promessas feitas (Fardamento, ajustamento das leis, LOB, subsídio, etc.) e o distanciamento dos comandantes ao restante da tropa, deixando-nos à mercê dos boatos e "bizús", também é fator negativo.
Sugestão: O Secretário de Segurança ouvir representantes dos diversos postos e graduações, sem pressões ou ameças, organizando, entre estes, grupos de trabalhos que possam apresentar projetos viáveis para a melhoria das condições de trabalho dos PPMM, de resgate da autoestima e de melhoria no enfrentamento à criminalidade.
Uma maior proximidade do comando à sua tropa.
3 - QUESTÃO SALARIAL - Principalmente o achatamento que vem ocorrendo em relação aos salários dos oficiais, comparando-se com os dos praças. Não que estes estejam com salários satisfatórios, mas pela aberração existente onde praças estão com vencimentos maiores do que alguns oficiais, gerando sérios problemas de disciplina e de desmotivação profissional.
Sugestão: Subsídio.