No início desta semana estive ministrando aulas de tiro policial para os alunos de uma turma do Curso de Formação Profissional de Soldado da Polícia Militar do Ceará. Foram 24 horas de treinamento prático dividido em três dias, onde cada aluno teve a oportunidade de realizar 250 disparos (50 de cal. 38 e 200 de cal. 40).
Duzentos e cinquenta tiros é uma quantidade muito boa para um curso de formação inicial. Já é uma grande evolução para a PMCE, pois até bem pouco tempo atrás muitos policiais foram formados sem realizar um só disparo de arma de fogo, ou, quando muito, realizavam 10 a 20 tiros de revólver.
Entretanto precisamos evoluir mais na questão do treinamento de tiro, pois é rotina atual para a grande maioria destes policiais nunca mais retornarem a um estande. Todo o esforço da formação ficará perdido. Necessitamos adotar uma sistemática de FORMAÇÃO CONTINUADA para os nossos profissionais, através de uma metodologia prática e eficiente, como já foi proposta, inclusive, por teses monográficas (Cap. Nazareno / CAO 2009).
E por falar em sistemática e metodologia, uma outra coisa que estamos precisando com a máxima urgência é uma doutrina para os treinamentos de tiro policial. Das 15 turmas que estavam em treinamento nos diversos estandes do clube de tiro contratado, pude observar 15 metodologias diferentes de treinamento, algumas até muito criativas mas infelizmente pouco práticas.
Para encerrar, mais uma pequena observação, a mesma que já fiz ano passado: o material teórico fornecido aos alunos, através da apostila oficial, é de péssima qualidade em relação ao seu conteúdo.
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