BOAS-VINDAS

É uma grande alegria receber a sua visita. Tenho o real desejo de tornar este blog um espaço onde possamos discutir, de forma aberta e sincera, assuntos de interesse profissional para todos aqueles que participam da guerra diária contra a criminalidade e a violência.
As opiniões e comentários serão de essencial importância para o sucesso deste espaço de discussões.

OS ARTIGOS PUBLICADOS PODEM SER COPIADOS, DESDE QUE CITADA A FONTE

terça-feira, 16 de junho de 2009

NOTÍCIA IMPORTANTE

É muito importante a necessidade de se manter informado, principalmente sobre assuntos que dizem respeito às questões de segurança pública e de nossa profissão.

Sugiro acompanharem os fatos que estão ocorrendo na Polícia Militar do Estado de Sergipe, através dos links abaixo:

BLOG ABORDAGEM POLICIAL
BLOG CAPITÃO MANO

4 comentários:

PMs PEDEM SOCORRO!!! disse...

Nós, Policiais Militares do Estado do Ceará , vimos por esta carta pedir socorro à Sociedade Cearense, à Imprensa , ao Poder Legislativo e ao Ministério Público contra os verdadeiros abusos e desmandos que estão sendo feitos contra uma categoria de trabalhadores que está sendo massacrada por uma escala de serviço desumana e cruel. Ademais não podemos manifestar qualquer opinião ou insatisfação sob pena de sermos punidos com alguma reprimenda disciplinar ou com alguma movimentação indevida, por isso temos de usar deste expediente para manifestar nossa indignação.
A nossa insatisfação se dá em virtude de uma escala de serviço extremamente cruel e fadigante para quem exerce a profissão de policial. A famigerada escala de 6 serviços por 1 dia de folga. Ocorre que o Governo do Estado alega que a adesão à malsinada escala é voluntária, mas o que aconteceu na prática foi que muitos policiais aderiram(se viram necessitados) na expectativa de a carga horária fosse alterada para 40 horas semanais. Ora, não se pode comparar o serviço policial com outras profissões, pois o policial ao sair de casa já está exposto à violência urbana na difícil missão de arriscar sua própria vida para combatê-la. Ora, dizer que é voluntária uma escala de serviço em que o PM pode(necessita) complementar sua renda para proporcionar um mínimo de condições dignas à sua família seria no mínimo cômico, se não fosse trágico.
Muitos de nossos PMs se obrigam a passar seis noites acordados(24 noites em um mês), longe de suas casas e de sua família; cerca de 10 horas por dia ou noite, para poder ganhar míseros 352,00 ou 737,00 reais a mais no salário. Ora o Governo alega que são somente 8 horas de serviço, mas esquece, porém que muitos PMs tem que chegar mais cedo e saírem mais tarde para conferirem o material, contarem a munição , testarem o manejo do armamento, as condições da viatura,preencher relatórios etc.; isso tudo quando não estão em procedimentos em delegacias, o que acrescenta pelos menos mais 4 horas de serviço para cada serviço(sem acréscimos remuneratórios), sem exageros.
As seqüelas já estão ocorrendo na tropa e com reflexos para a sociedade. Vocês já notaram que a violência urbana não diminuiu com o advento do Ronda do Quarteirão(a sensação de insegurança é a mesma)? Reflita-se um pouco! Nossos PMs estão desmotivados, com baixa auto-estima e crise de identidade. Muitos de nossos PMs estão apresentando problemas de ordem psicológica. Também estão se separando, pois chegam aos seus lares super-estressados. O índice de suicídio tem aumentado muito nos últimos dois anos(nunca foi tão grande).
E não podemos gritar, não podemos chorar, somos obrigados a nos resignar, não temos o direito constitucional que todo trabalhador tem de fazer greves. Ora, até mesmo desembargadores e procuradores podem fazer uma greve demonstrando suas irresignações, suas angustias e anseios.
Porém nós estamos amordaçados em pleno século XXI, em pleno Estado Democrático de Direito. Nós, os policiais de hoje, não temos culpa dos desmandos da ditadura de um passado sombrio(chega de ranço). Nós estamos pagando um preço alto demais.
O que queremos não é somente uma polícia bem equipada com armamentos e carros de última geração. Nós queremos que nos dêem dignidade, melhores salários, condições dignas de moradia, de saúde para nós e nossas famílias.
Queremos um plano de cargos e carreira como todo servidor público, queremos um vale alimentação acima de 4,70 reais(que não paga um PF), queremos dois fardamentos por ano a que temos direito, queremos ser tratados apenas como cidadãos brasileiros, pois no momento estamos nos sentindo sub-cidadãos.
Agora senhores, vocês façam a seguinte pergunta: a sociedade cearense merece uma polícia melhor, mais educada, menos corrupta, menos truculenta e mais justa, que se faça admirar, a não ser temida e/ou somente respeitada?
Então gritem por nós, reclamem por nós, clamem para nós, pois “como não dissemos nada, já não podemos dizer mais nada”.

Assina: Todos os bons Policiais Militares do Ceará

Anônimo disse...

DESABAFO DE UM POLICIAL MILITAR - http://www.youtube.com/watch?v=f_BR-OyKx2c&feature=related Oracao da Policia Militar - http://www.youtube.com/watch?v=eP5-tUMY0ZE&feature=related

Anônimo disse...

Parabéns pela coragem de postar a verdade por trás de nossa profissão. Sou todo sobrevivência policial.

Anônimo disse...

Lendo o art. 52 da Lei Estadual nº 13.729/2006(“novo” Estatuto dos militares estaduais), acanhado e discutido(ver vetos) dispositivo legal, observei que lá estão consagrados os direitos dos militares estaduais. Dentre eles, o direito a percepção de fardamentos (direito a indumentária, todo trabalhador tem direito de receber do empregador, o qual impõe a vestimenta, ver: TRT - 00286 - 2005 - 012 - 06 - 00 – 3 (RO)), assistência médico-hospitalar, direito a educação dos dependentes[Ressalte-se que o art. 7º, XXV c/c o art. 142, § 3º, VIII da CF/88, consagra o direito a assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas, direito, este, esquecido no estatuto, porém lembrado na CF/88], auxílio funeral, ajuda de custo/transporte, e outros peculiares a situação de agente público. Refletindo, me veio a pergunta: Por que, para ter assistência médico-hospitalar, pago plano de saúde? Por que quando sou transferido, mediante interesse público, seja para que localidade for, tenho que arcar com todas as despesas de mudanças com mobílias, eletrodomésticos, imóvel, etc (diferentemente dos militares federais, e de outros agentes públicos)? Por que tenho que comprar meu fardamento, ou deste fazer mercadoria de troca? Por que tenho que pagar uma creche, ou ser associado a alguma Instituição, para assegurar o direito à educação de meus filhos menores de 05(cinco) anos? Por que tenho que ser associado a uma Instituição para ter direito a um digno funeral(meu ofício é com risco da própria vida)? Por que tenho, quando doente, que comprar remédios(que todo hospital tem) relativos ao atendimento ambulatorial em Hospital? Quantas perguntas não, mas eu pago porque não conheço meus direitos, ou se conheço e pago, faço moeda de troca(relação doentia/ilegal/gera injustiça). Entende-se ausência de cidadania, e falta de contextura entre a hipótese legal e a realidade. Lembre-se a cidadania é o estado de consciência que o ser humano, em convívio social, possui de seus direitos e deveres. É saber que você é sujeito de direitos. O exercício de direitos por parte dos sociáveis gera um grande sentimento de justiça e paz social(seja em que coletividade for), por outro lado a pessoa que a exerce começa a respeitar o outro como detentor de direitos, ou seja, surgi os deveres(“O meu direito termina onde começa o do outro”). Perfeita sintonia entre direito e dever. Daí, o bom convívio social. Sem exercício de direitos o ser humano está fora do grupo, excluído do convívio social, marginalizado, fica numa posição de inferioridade dentro do grupo social (Dalmo DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14). Sendo assim, não tenho voz(conteúdo), e sim forma(aparência, estética). A medida que a ausência de cidadania se torna mais presente em uma coletividade, mais surgirá o sentimento de injustiça e descrédito do público(interno/externo), podendo, em alguns casos, gerar violência social. Verifica-se, freqüentemente, que para o exercício do cargo, os militares custeiam seus próprios direitos. Como deixarmos tal coisa acontecer? Quem ganha com isso? Neste caso, há um processo de marginalização. Como um não cidadão(marginalizado) vai vigiar o exercício da cidadania? Todos os direitos acima elencados são ofertados, porém por instituições assistenciais(coniventes), só tem uma diferença, lá você paga para tê-los. Conclusão: falta-me cidadania.