Estamos vivendo um tempo, no Estado do Ceará, de total banalização de padrões morais e éticos, principalmente dentro do sistema de segurança pública. Por um lado observamos a extrema prepotência de superiores hierárquicos, por um outro lado a total subserviência de comandados, chegando a aviltar a dignidade dos justos.
BOAS-VINDAS
É uma grande alegria receber a sua visita. Tenho o real desejo de tornar este blog um espaço onde possamos discutir, de forma aberta e sincera, assuntos de interesse profissional para todos aqueles que participam da guerra diária contra a criminalidade e a violência.
As opiniões e comentários serão de essencial importância para o sucesso deste espaço de discussões.
OS ARTIGOS PUBLICADOS PODEM SER COPIADOS, DESDE QUE CITADA A FONTE
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terça-feira, 12 de janeiro de 2010
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2 comentários:
Elogio da Dialética
A injustiça passeia pelas ruas com passos seguros.
Os dominadores se estabelecem por dez mil anos.
Só a força os garante.
Tudo ficará como está.
Nenhuma voz se levanta além da voz dos dominadores.
No mercado da exploração se diz em voz alta:
Agora acaba de começar:
E entre os oprimidos muitos dizem:
Não se realizará jamais o que queremos!
O que ainda vive não diga: jamais!
O seguro não é seguro. Como está não ficará.
Quando os dominadores falarem
falarão também os dominados.
Quem se atreve a dizer: jamais?
De quem depende a continuação desse domínio?
De quem depende a sua destruição?
Igualmente de nós.
Os caídos que se levantem!
Os que estão perdidos que lutem!
Quem reconhece a situação como pode calar-se?
Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã.
E o "hoje" nascerá do "jamais".
Bertolt Brecht
Major Wilson Melo,
posta no blog algo sobre o cartão único. veja a publicação do jornal "O povo".
O consignado e o servidor
Airton Lucena
23 Jan 2010 - 01h40min
O Governo do Ceará decidiu sozinho estabelecer regras para controlar o dinheiro do servidor que está mais endividado agora do que estava antes. A
decisão de contratar uma empresa para controlar a margem para desconto em folha não resolveu o problema. Sessenta por cento, em média, dos trabalhadores do serviço público estão com a renda comprometida por empréstimos e começaram o ano preocupados.
No Bradesco, são 30 mil servidores com empréstimos. Mas há servidores com
consignado também no BIC, Banco Rural e Oboé, dentre outros, que não sabem se seus empréstimos estão sendo pagos. A empresa contratada pelo Governo para controlar a margem a Administradora Brasileira de Cartões (ABC) não tem suporte técnico para atender a demanda de 140 mil servidores.
Diariamente presenciamos tumulto diante da empresa Único Cartão, terceirizada pela ABC que transferiu a ela a responsabilidade de administrar os empréstimos consignados. Muitas filas, falta de informação e reclamações é o que enfrenta quem tenta receber valores já acordados, renovar empréstimos ou simplesmente entender as novas regras, que preveem margem de até 40%
Realidade bem diferente da prometida. Os funcionários da ABC que foram aos órgãos oferecer o cartão Único diziam que com ele o servidor poderia refinanciar todas as suas contas em 72 parcelas. O servidor acreditou que poderia refinanciar todas as suas dívidas. No entanto, só consegue renegociar empréstimo no Bradesco porque tem convênio com a ABC, ainda assim enfrentando a demora na liberação dos empréstimos.
Outro ponto: os prazos mais elásticos para o crédito consignado não são necessariamente benéficos para quem contrai empréstimo consignado. Isto porque o que poderia ser uma facilidade, implica também em juros mais altos, além do que isto significa que o trabalhador vai passar mais tempo com sua renda comprometida para poder quitar a dívida. Na verdade, essa ampliação do prazo significa um efeito devastador mais na frente sobre a renda do trabalhador, diluída no tempo pelos juros.
Discordamos de prazos maiores que 24 ou 36 meses. Quanto mais parcelas, maiores serão as taxas de juros praticadas. Taxas essas que já são bem elevadas diante do fato de os bancos não terem o menor prejuízo com este tipo de empréstimo, já que os descontos das parcelas são feitos diretamente na folha. Ainda assim, continuam a cobrar juros absurdos para uma operação que não traz o menor risco para elas. Com isso, instituições financeiras e
governo demonstram não ter a menor preocupação com o trabalhador.
Além disso, não se pode esquecer que o trabalhador tem outras despesas correntes com alimentação, medicamentos, entre outros gastos, que podem ficar inviabilizados pelo comprometimento da renda futura por um período tão extenso.
AIRTON LUCENA
Coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual do Ceará (Mova-se)
airtonlufi@hotmail.com
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