Em 3 de fevereiro de 1887, durante a chamada Crise do Segundo Reinado, O Marechal Manuel Deodoro da Fonseca remeteu carta ao imperador D. Pedro II reclamando sobre o tratamento que estava sendo dispensado aos militares brasileiros.
Em certo trecho, ele escreveu:
"A disciplina militar não permite ao soldado receber afrontos e vilipêndios; a disciplina quer no soldado - e por isso no mais alto grau - brio, dignidade e honra. A obediência do soldado não vai até o próprio aviltamento; o soldado é obediente, mas não servil; e aquele a quem não repugnaram atos de baixeza e servilismo não é digno da farda que veste..."
Não tendo recebido resposta, em 12 de fevereiro seguinte, o Marechal Deodoro da Fonseca escreve novamente ao Imperador, onde, em certo trecho, ameaça:
"...a ser negada a justiça que peço, terei vergonha da farda que visto, eu que me orgulho de pertencer ao Exército; e, nesse caso, ser-me-a uma verdadeira graça, senhor, minha exoneração do serviço."
Que sirva de exemplo para algumas pessoas que, infelizmente, apenas estão preocupadas em manter o status e perceber uma gratificação, esquecendo-se do brio, da dignidade e da honra.
6 comentários:
Nunca vamos abaixar a cabeça Major; ainda existe em alguns profissionais - brio, dignidade e honra. E essa honra vale mais do que a nossa própria vida!
Força Sempre!
Prezado Major Wilson Melo:
Parabéns pelo blog e por esse excelente texto que reproduzi no meu blog.
Juntos Somos Fortes!
Paulo Ricardo Paúl
Coronel de Polícia
Ex-Corregedor Interno
celprpaul@yahoo.com.br
Meus parabens Major Wilson...
Seu artigo, 'BRIO, DIGNIDADE E HONRA", caiu como uma luva.
Para a maioria dos oficiais, que hoje atuam na PMERJ.
São marionetes nas nãos do atual Governo do Rio.
Devemos ter em mente sempre as palavras "brio, dignidade e honra". Pena que estas palavras não fazem parte do dicionário dos nossos representantes.
Jah faz muito tempo, que as palavras"BRIO, DIGNIDADE E HONRA", NÃO FAZEM MAIS PARTE DO DICIONÁRIO DE ALGUNS PPMM,que esqueceram que são militares e devem empre trabalhar em prol da instituição e de seus pares e subordinados, pois, embarcam em idèias mirabolantes de alguns civis que pensam que entendem de segurança pública, de ser militar. Inventam, Não observam as táticas policiais, técnicas, manuais e regulamentos. criam do nada projetos de policiamento "NATI-MORTO", tentando manipular uma instituição tradicional e centenária como a Gloriosa Policía Militar, inventam policiamento baseado em Países de 1° mundo onde a cultura e tradições são completamente diferentes da nossa, e esquecem de um ensinamento básico aplicado nos bancos escolares:" O homem é o principal fator de qualquer institução, tem que estar motivado, atualizado e especilazado para poder desempenhar seu serviço com exelência", não adianta uma empresa investir em equipamentos de última geração se que vai opera-los não esta motivado e capacitado para o seu mister.
Caro colega..Cap. pm Colares,realmente as palavras ''BRIO, DIGNIDADE,HONRA'',já fazem algum tempo que não são usadas, muito embora quando as mesmas repercutiam sobre nossa corporação, eram totalmente desgnadas a uma pequena classe dentro de nossa corporação, e os senhores policiais de todas as patentes sabem o que quero dizer ,que jamais esse tipo de palavriado ou de situação impostas por esses substantivos foram colocados a todos em comum ou seja nós subordinados _soldados, cabos, sargentos, subtenentes, nunca fomos tratados com tais comprometimentos, então se essas palavras não são usadas dentro da própría corporação em prol de todos, como cobrar ou indignar-se pela sua falta por parte dos civis que tratam de algum modo com nossa corporação... ou será que alguns oficiais já esqueceram do tratamento dado por eles aos seus subordinados no passado e ainda hoje em algumas cias???policial pmce...
que DEUS nos abençoe!!!!
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